segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

'Foi muito fácil', disse comparsa de Floro

Polícia Civil de Sergipe apresentou à imprensa a versão de Silvan Eugênio, ex-motorista de Floro que colaborou na fuga do agiota
16/02/2009 - 17:59

Reprodução do vídeo que registrou a fuga de floro. Silvan, de boné, escolta Floro, de jaleco e peruca (Imagem cedida pela SSP)
O delegado Marcelo Cardoso, que está à frente das investigações da fuga de Floro Calheiros, e outros membros da Polícia Civil apresentaram a versão de Silvan Eugênio de Souza, acusado de participar da operação que retirou o agiota do Hospital São Lucas em dezembro. Segundo Silvan, Calheiros sequer estava armado. “Foi muito fácil”, disse ele à polícia.

Filho teria planejado tudo

Segundo Silvan, foi Fábio Calheiros, filho de Floro, que teria arquitetado o plano para que o pai escapasse da Justiça. Um dia antes do plano, um sábado, ele levou o ex-motorista de Floro para conhecer o hospital no qual ele estava internado e estudar as mais diversas possibilidades da fuga.

Além da facilidade na ação, o preso destacou que Floro não estava armado com uma pistola, ao contrário do que afirmaram os agentes penitenciários que faziam a vigia do quarto dele.

Reproduzindo as palavras do acusado, o delegado Marcelo Cardozo contou que após fugir escoltado por Silvan e dois rapazes baianos, usando uma peruca semelhante a do personagem Zacarias, do extinto programa ‘Os Trapalhões’, Floro entrou com os comparsas em um veículo modelo Palio Weekend e foram em direção á Maceió.

Em Maceió

Chegando à capital alagoana, Calheiros e os comparsas foram recepcionados pelo empresário José Dagoberto, primo do procurado, em sua casa. Com saudades da família, Silvan pediu para voltar á Canindé de São Francisco na véspera de natal, três dias após a fuga espetacular. Dagoberto foi preso, mas nega tal informação.

Fábio Calheiros ainda não foi localizado pela polícia e sequer um mandado de prisão foi expedido contra ele. Segundo o delegado Marcelo, nenhuma hipótese está sendo descartada, inclusive participação de agentes públicos. O próximo passo é ouvir os dois agentes rendidos pelo bando, que afirmaram que Floro estava armado, e confrontar esta versão com a apresentada por Silvan.

Membros da Polícia Civil falam sobre o caso
“Vai ser muito difícil recapturá-lo, pois há muito dinheiro e muita facilidade para abrir portas. Mas queremos esclarecer esse fato à sociedade. Agora vamos ouvir os agentes e outras pessoas. O restante são informações confidenciais e obviamente não podemos revelar. São cenas dos próximos capítulos”, finalizou.

Quem é Silvan Eugênio?

Ele é ex-motorista de Floro e sua prisão só foi possível graças às duas testemunhas que o viram na noite do crime e confirmaram ao vê-lo posteriormente. O comparsa diz que não foi pago pelo serviço e a polícia acredita que sua participação ocorreu como uma espécie de agradecimento por Fábio Calheiros, filho do procurado, ter pagado R$ 8 mil a um advogado para colocá-lo em liberdade. Ele estava preso, em Poço Redondo, sob acusação de roubo.

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