domingo, 2 de novembro de 2014

Secretaria da Saúde de Sergipe descarta suposto caso de ebola


Chileno que teve contato com africanos na Argentina está no interior de SE.
A Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe (SES) através da Diretoria de Vigilância Epidemiológica e do Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde (CIEVS), sob a orientação do Ministério da Saúde, informa que o paciente atendido na Clínica de Saúde da Família 24 horas no município de Rosário do Catete no sábado (1º) não se enquadra na definição de caso de Doença do Vírus Ebola (DVE) como suspeitava inicialmente a equipe médica. O prédio da unidade foi temporariamente fechado e o paciente isolado. O homem apresentava quadro de diarreia, associado a dores abdominais e no corpo, mas ele não teve febre.

O paciente é chileno e há cerca de 20 dias foi à Argentina e manteve contato com africanos, sendo um da Nigéria e outro de Angola. Apesar disso ele não passou por nenhum dos três países afetados pela epidemia de ebola (Serra Leoa, Guiné e Libéria). A suspeita de que o estrangeiro pudesse estar infectado com o vírus causou pânico na cidade. Ele foi encaminhado ao Hospital Regional de Nossa Senhora do Socorro, área metropolitana da capital Aracaju, onde permanece em observação neste domingo (2) com suspeita de dengue.

Apesar de já terem sido registrados alguns casos suspeitos de ebola no Brasil nenhum foi confirmado. A atual epidemia de ebola matou 4.951 pessoas, de um total de 13.567 infectados, de acordo com balanço divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na sexta-feira (31). O balanço leva em conta os casos confirmados, suspeitos e prováveis registrados até o dia 29 de outubro.

Equipes médicas treinadas

De acordo com a SES, em caso de suspeita o paciente já fica isolado temporariamente na unidade em que der entrada, seja ela uma Unidade Básica de Saúde, um Hospital ou uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 horas), conforme orientação do Ministério da Saúde.

A depender dos sintomas e do quadro geral, o paciente com suspeita deve ser transferido para o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), que é a unidade de referência para o ebola no estado, ou direto para o hospital de referência nacional que é o Instituto Nacional de Epidemiologia Evandro Chagas do Rio de Janeiro (Hospital da Fiocruz). Esse procedimento é definido de imediato junto com o Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Saúde (CIEVS) da SES e o Ministério da Saúde. O Ministério da Saúde treinou equipes de todo o país e disponibilizou um site informativo sobre a doença.

Todos os 75 municípios sergipanos já receberam o protocolo do Ministério da Saúde para agir corretamente se houver um caso suspeito. "Precisamos da colaboração das pessoas quanto à disseminação de falsas informações em redes sociais, whatsapp, entre outros, pois isso cria pânico desnecessário na população. Mesmo sendo voltado para profissionais de saúde, a população também pode ligar para o CIEVS para sanar possíveis dúvidas. O telefone é 0800-282-2822 e funciona 24 horas por dia", orienta Daniela Pizzi, coordenadora do CIEVS da SES.

Em nota oficial, a SES tranquiliza a população e reforça que não há a necessidade de isolamento da Clínica de Saúde da Família de Rosário do Catete pelo fato de o paciente não ser considerado suspeito de Ebola. A Secretaria de Comunicação de Saúde da cidade também emitiu nota pública sobre o ocorrido, leia:

"A Secretaria Municipal de Saúde de Rosário do Catete informa que na tarde de sábado (1º), deu entrada no hospital da cidade, o paciente Rodrigo Alberto Fernandes, natural do Chile, com um quadro de diarreia, associado a dores abdominais e dores no corpo. Sendo que em nenhum momento ele apresentou febre. O paciente foi atendido pela equipe de plantão que realizou os exames de rotina, que não apresentaram qualquer alteração no hemograma.
A decisão da equipe em fechar o plantão foi tomada em virtude do histórico do paciente, uma vez que ele relatou que há aproximadamente 20 dias estava na Argentina, quando no aeroporto teve contato com dois africanos, sendo um da Nigéria e outro de Angola. Que desembarcou no Brasil através do estado de Pernambuco e que chegou a Rosário do Catete pedindo carona nas rodovias. A equipe achou prudente isolar o paciente em virtude desses contatos, mesmo os africanos não sendo dos países da Libéria, Serra Leoa e Guiné, que enfrentam uma epidemia de ebola.

Mais uma vez por precaução, o Hospital acionou o Serviço de Atendimento de Móvel de Urgência (Samu), para fazer a transferência do paciente para um hospital para fazer exames complementares. Uma equipe do Ministério da Saúde já entrou em contato com o hospital que, ao relatar o quadro exposto do paciente, orientou que fosse afastada a hipótese de ebola por conta dos aspectos demográficos e dos resultados dos primeiros exames".

Fonte: G1/SE

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