Sindicato denuncia superlotação e redução de efetivo
 |
| Usip: por este muro, internos alcançam a liberdade (Fotos: Portal Infonet) |
Nove internos fugiram da Unidade de Internação Provisória (Usip), de
atendimento a adolescentes em conflito com a lei. A fuga ocorreu por
volta das 7h da manhã desta quarta-feira, 11, no momento em que os
agentes de medidas socioeducativas destrancavam os pavimentos, onde os
internos dormem, para que eles pudessem ocupar a área em comum daquela
unidade.
De acordo com informações do agente Wilton Ricardo Alves, no momento da “destranca” os agentes foram surpreendidos por internos armados [armas artesanais supostamente produzidas por grades quebradas] e dois funcionários da unidade foram transformados reféns e teriam ficado trancafiados em uma das alas. “Foi algo momentâneo porque o objetivo deles era fugir”, declara Wilton Alves.
No primeiro momento, cinco internos da ala 3 conseguiram ganhar a liberdade e, em seguida, aproveitando o tumulto, internos da ala 4 se rebelaram quebrando a grade do pavimento e outros quatro conseguiram a liberdade, usando o mesmo mecanismo: com teresas [espécie de cordas produzidas com lençóis amarrados], eles alcançaram o muro e tiveram acesso a rua, passando pelo prédio onde funciona a Academia de Polícia Civil (Acadepol).
Superlotação
De acordo com informações do agente Wilton Ricardo Alves, no momento da “destranca” os agentes foram surpreendidos por internos armados [armas artesanais supostamente produzidas por grades quebradas] e dois funcionários da unidade foram transformados reféns e teriam ficado trancafiados em uma das alas. “Foi algo momentâneo porque o objetivo deles era fugir”, declara Wilton Alves.
No primeiro momento, cinco internos da ala 3 conseguiram ganhar a liberdade e, em seguida, aproveitando o tumulto, internos da ala 4 se rebelaram quebrando a grade do pavimento e outros quatro conseguiram a liberdade, usando o mesmo mecanismo: com teresas [espécie de cordas produzidas com lençóis amarrados], eles alcançaram o muro e tiveram acesso a rua, passando pelo prédio onde funciona a Academia de Polícia Civil (Acadepol).
Superlotação
 |
| Wilton Alves: reféns transcafiados |
O presidente do Sindicato dos Agentes de Medidas Socioeducativas,
Sidney Guarany, responsabiliza a gestão pelas constantes fugas e
conflitos existentes na unidade. Segundo Guarany, há flagrante
superlotação e, nesta manhã, havia apenas quatro agentes para garantir a
segurança ocupada por 64 internos. “Numa proporção de 12,8 internos
para cada agente, quando o limite máximo suportável é de cinco internos
para cada agente”, revelou.
Em greve há cerca de 36 dias, os agentes de medidas socioeducativas reduziram o efetivo em 50% neste período, o que tem causando grandes transtornos. No momento, a situação está controlada, segundo informações da equipe de segurança interna, que optou por não dar mais detalhes. Mas há visíveis sinais de nervosismo na parte interna onde os adolescentes estão recolhidos.
No momento em que a equipe de reportagem do Portal Infonet se encontrava na unidade acompanhando o desfecho da fuga, ocorreram momentos de tensão com o famoso “bate grade”, barulho que pode ser ouvido na parte externa da unidade. “Isso vai acontecer o resto do dia”, prevê Wilton Alves.
Em greve há cerca de 36 dias, os agentes de medidas socioeducativas reduziram o efetivo em 50% neste período, o que tem causando grandes transtornos. No momento, a situação está controlada, segundo informações da equipe de segurança interna, que optou por não dar mais detalhes. Mas há visíveis sinais de nervosismo na parte interna onde os adolescentes estão recolhidos.
No momento em que a equipe de reportagem do Portal Infonet se encontrava na unidade acompanhando o desfecho da fuga, ocorreram momentos de tensão com o famoso “bate grade”, barulho que pode ser ouvido na parte externa da unidade. “Isso vai acontecer o resto do dia”, prevê Wilton Alves.
 |
| Grade quebrada: matarial que serve para produção de arma branca |
A Fundação Renascer se posicionou sobre a fuga por meio da assessoria
de imprensa. De acordo com a assessoria o número de internos que fugiram
é menor do que aquele divulgado pelos agentes de medidas
socioeducativas. Foram oito, segundo a Fundação: quatro da ala 3 e
outros quatro da ala 4. Em cada unidade, segundo a assessoria estavam
seis internos.
A assessoria nega que agentes tenham ficado reféns e revela que ocorreu
na unidade a ação conhecida como "cavalo doido". Conforme explica a
assessoria, o grupo de interno partiu ao mesmo tempo em direção aos
agentes e estes, em menor número, teriam recuado, facilitando a fuga.
A assessoria de imprensa informa ainda que o número total de internos é de 62 e não de 64 como divulgado pelos agentes. Os internos, segundo a assessoria, estavam de posse de um vergalhão, cuja origem será investigada, uma vez que não há obras em andamentos com uso deste tipo de material naquela unidade.
A assessoria de imprensa informa ainda que o número total de internos é de 62 e não de 64 como divulgado pelos agentes. Os internos, segundo a assessoria, estavam de posse de um vergalhão, cuja origem será investigada, uma vez que não há obras em andamentos com uso deste tipo de material naquela unidade.
A assessoria informa que a Fundação reconhece a deficiência provocada
pela superlotação e pela greve dos servidores e observa que estes
problemas só serão solucionados a partir de contratação de novos
servidores, que deverá ocorrer a partir de processo seletivo.
Por Cássia Santana
Por Cássia Santana
Nenhum comentário:
Postar um comentário