quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Ortopedista vai a júri acusado de matar a namorada


Médico é acusado de jogar corpo da jovem às margens de rodovia
Julgamento de ortopedista lota fórum de Socorro (Fotos: Portal Infonet)
Depois de adiado sucessivas vezes, o ortopedista Sérgio Cavalcanti Menezes de Melo sentou no banco dos réus e enfrenta júri popular nesta quinta-feira, 12, acusado pela morte de Leonice Maria da Silva, crime ocorrido no ano de 2004. O julgamento tem no comando o juiz Alício de Oliveira Rocha Júnior, da 2ª Vara Criminal de Nossa Senhora do Socorro, e começou com atraso devido à necessidade de medida coercitiva para ouvir uma das testemunhas arroladas pela defesa, que não compareceu ao Fórum do município.
O réu foi preso temporariamente no dia 9 de dezembro de 2004 e teve prisão preventiva decretada em 29 de dezembro daquele ano, mas foi beneficiado com habeas corpus no dia 29 de março do ano seguinte, o que lhe assegurou o direito de responder ao processo em liberdade.
O Ministério Público não tem dúvida da tese de homicídio, crime que teria sido motivado por uma suposta gravidez indesejada. Os promotores de justiça Luciana Duarte Sobral e Rafael Schwez e Kurkowski representam o Ministério Público no julgamento. “O Ministério Público tem convicção que o caso é de condenação”, considera a promotora Luciana Duarte. “As provas técnicas demonstram que não se trata de suicídio”, analisa Kurkowski.
Réu conversa com advogados antes de começar julgamento
Suicídio é a tese apresentada pela defesa. O réu se recusou a falar com jornalistas, orientando a imprensa a buscar esclarecimento junto a seus advogados Carlos Alberto Menezes e Rosenice Machado. “A defesa opina pela inexistência de provas”, observa Menezes. “A vítima se suicidou e o Ministério Público não dispõe de elementos capazes de ligar o acusado ao resultado, à morte da vítima”, complementou o advogado.
O crime
O ortopedista responde por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. O réu tinha um relacionamento amoroso com a vítima e, conforme os autos, suspeitava que seria pai e, por não aceitar a gravidez, acabou assassinando a companheira.
O casal teria marcado o encontro por telefone. Por volta das 18h do dia 6 de novembro de 2004, a jovem saiu da residência e se dirigiu ao local que combinaram para o encontro, mas ela não retornou. O corpo da vítima foi encontrado por volta das 6h da manhã do dia seguinte, desnudo e com visíveis sinais de violência. O corpo estava às margens de uma rodovia estadual, que liga as cidades de Santo Amaro das Brotas e Maruim.
Promotores Kurkowski e Luciana Duarte: convictos pela condenação
Conforme a denúncia do Ministério Público, ao lado do corpo da jovem foram encontradas marcas de pneus, que a perícia técnica constatou que seriam compatíveis com as ranhuras dos pneus do veículo do réu. Para a promotora Luciana Duarte, estaria neste laudo uma das contundentes provas da autoria do crime.
Por Cássia Santana

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